Clientes ou Ladrões?

05/06/2013

Eu estava dentro de um supermercado na zona sul do Rio de Janeiro quando, repentinamente, todas as luzes se apagaram. Um black-out! Não era possível ver nem uma pequena fresta de luz dentro do estabelecimento.

Eu parei entre duas gôndolas e esperei a situação se normalizar, foi quando, para minha surpresa ou decepção total, ouço um empregado gritar: “agora que esse povo vai roubar mesmo”!

Só para clarificar, o “povo” a que ele se referia eram os clientes que estavam dentro da loja.

E ele continuou gritando em tom irônico: 

“Vai começar a roubalheira! Dois jilós já sumiram”.

Quando as luzes se acenderam, a minha decepção foi ainda maior. Os clientes estavam rindo e se divertindo com os ofensivos comentários.

Fomos chamados de “ladrão” e a maioria dos clientes, além de aceitar este tratamento, apoiava os comentários do funcionário. 

Lamentável!

Isso me fez lembrar os muitos supermercados existentes em Londres. O cliente pode optar por esperar na fila para efetuar o pagamento das suas compras junto ao atendente ou pode se direcionar a uma máquina de autoatendimento (foto) em que ele mesmo escaneia os produtos, pesa frutas e legumes, empacota sua mercadoria, efetua o pagamento e vai embora. É rápido, prático e eficiente e ninguém rouba ou deixa de pagar algum produto.

Entretanto, sabe quando teremos uma máquina de autoatendimento neste supermercado em que estive hoje? Nunca! Afinal, para esta empresa, todos os clientes são ladrões! 

Se você trabalha com treinamento de pessoal, é líder de uma equipe ou tem um negócio próprio, fique atento aos comportamentos dos seus funcionários. Eles retratam o que a empresa é!